quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Depois de muito tempo sem escrever coisa alguma, me veio esse poema hoje de manhã:

às vezes eu penso
outras eu ignoro
outras ainda eu jogo fora
mas há outras em que guardo tudo
se eu subisse num morro bem alto
uma montanha talvez
e gritasse lá de cima
(as mãos em concha)
"às vezes eu penso"
e ouvisse o eco
"eu penso-eu penso-eu penso"
acho que eu sorriria
não porque fosse engraçado
suavemente engraçado
mas porque um experimento assim
teria que ser pensado
e o eco seria a única coisa
autêntica na minha vida.
 
Perov 22ago13