domingo, 15 de agosto de 2010

Sexo Virtual - Vida e Morte


Menina e Pauzudo conheceram-se numa sala de bate-papo do Terra. Aos poucos foram trocando mensagens no reservado e logo evoluíram para o Orkut; e daí para o MSN.

Não passava dia sem que, logo de manhã cedo, Pauzudo enviasse uma mensagem galante para Menina. E não passava dia sem que Menina enviasse um “depo” agradecendo e dizendo palavras meigas para Pauzudo. Ambos eram casados e lutavam contra a dificuldade dos horários livres entre o trabalho e a casa; e a internet lhes oferecia um meio de dar a volta nesses obstáculos.

Pauzudo e Menina também achavam que a internet lhes permitia a troca segura de fantasias. Muitas vezes, entretanto, a conversa tornava-se séria, com um e outro confessando algum problema ou dizendo que esperava muito que se conhecessem pessoalmente.

As conversas foram evoluindo e, do tati-bi-tati das insinuações, passou à referência escrachada de preferências e desejos. Menina foi revelando uma fome insaciável e Pauzudo, de sedutor, passou a provocador constante; ela postava fotos sensuais no seu perfil e ele as comentava, dizendo-se sempre excitado.

Em breve estavam se vendo na webcam. No início ainda tímidos, com o tempo passaram a mostrar-se e a exercitar-se na arte de excitar um ao outro. Até que um dia começaram a masturbar-se diante das câmeras, num processo que combinava voyeurismo e exibicionismo.

Menina tem os seios volumosos e Pauzudo um pau bem disposto. De modo que as cenas de sexo virtual se desenvolviam com o uso estes atributos. Pauzudo dizia: “Isso, Menina, tira esses peitos pra fora... Isso... agora puxa esses bicos... machuca... puxa mesmo... ahhh...” E Menina retrucava: “Quero ver esse teu pau, vai... mostra esse pau, cachorro... isso... bem duro... quero ver você esporrar!... áiiiii”. Terminavam normalmente com Pauzudo tendo que se limpar e Menina mostrando-lhe os dedos melados, recém tirados da boceta. Um observador que pudesse vê-los neste momento diria que eram experientes de outros carnavais, embora afirmassem, um ao outro, que esta era a primeira vez.

O tempo é o senhor da razão. E tanto Menina quanto Pauzudo, mesmo enlaçados um com o outro, construíam seus “networks” de amores. Pauzudo corria atrás de uma tal de Tetéia, enquanto Menina respondia maliciosa aos galanteios de um tal de Guri. Isto para falar do pessoal da primeira fila de cada um... E com o tempo Menina foi descambando para os lados de Guri, atrasando-se, ora caindo sem aviso e não voltando, ora faltando aos encontros com Pauzudo; e Pauzudo, sempre gentil, ia aceitando as desculpas de Menina e devolvendo o mesmo comportamento, enquanto cafungava o cangote de Tetéia.

Até que um dia, saciados daquele pote de mel, Pauzudo e Menina tornaram-se apenas amigos, enviando-se “ois” e “olás” que dispensavam respostas. Ambos desenvolveram novas habilidades com novos parceiros: Menina agora exibe a boceta e o rabo para um tal de Joel e Pauzudo faz seções de strip para uma tal de Dengosa. Os dois seguem se masturbando e gozando pela rede afora; e, embora sintam afeto momentâneo pelos homens e mulheres de quem são parceiros, não lhes passa pela cabeça aceitar de verdade um convite para um encontro “na real”.

15AGO10

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