Um dia não agüentei mais. Liguei pra Darlene e disse que precisava encontrar com ela urgente.
Na época eu tinha um sala-dois quartos vago num condomínio na Barra, vista pro mar. Foi lá que marquei nosso encontro.
Darlene chegou às onze. Deu uma espiada rápida na sala e ficou aguardando de pé, a bolsa barata bege pendurada no braço esquerdo.
Houve um tempo em que eu aguardava a faxineira nu. Em poucos minutos estávamos trepando. Não hoje. Mandei que deixasse a bolsa num canto e descesse comigo.
Fomos até a praia, passeando pelo condomínio. Eu queria encher os olhos dela.
Num quiosque tomamos uma água de coco e depois voltamos ao apartamento.
Na sala, uma mesinha que eu havia deixado de sobra e um par de cadeiras. Pedi que sentasse. Em seguida dei-lhe umas duas folhas de papel em branco, uma caneta e pedi que fosse escrevendo o que eu ditava.
- Aquele apartamento mobiliado e equipado para morar de graça.
- Despesas de supermercado a combinar.
- Luz, gás, telefone, condomínio e IPTU por minha conta.
- Plano de saúde.
- Atendimento dentário e médico [ela precisava dar uma enchida naqueles peitos].
- Academia de ginástica.
- Vestuário a combinar.
- Transporte a combinar.
E um fixo por mês, livre, da ordem de umas quinhentas pratas.
Mais uma condição: homem lá dentro, só eu. Darlene podia foder quem quisesse, desde que me atendesse quando eu mandasse. Mas outro homem só lá na puta que o pariu onde ela morava antes. Aqui não.
Se esteve surpresa no início, ao chegar ao fim da lista Darlene estava calma. Quando terminei, dobrou a folha de papel e pediu um tempo. Claro, Darlene, eu disse, mas me procura ainda essa semana.
Quando estava saindo, dei-lhe uma nota de cinqüenta e um tapa na bunda. Darlene voltou-se para fazer jus à gorjeta. Mas eu a parei e me despedi ali mesmo.
Dois dias depois a recepcionista me avisou “está aqui a senhora Darlene”. Mandei-a subir.
Ao chegar, Darlene beijou-me as mãos como fazia quando estava agradecida e eu pedi que se sentasse, na mesma mesinha, à minha frente. “E então?”, perguntei. Darlene segurou a bolsa bege com as duas mãos no colo e me respondeu “sabe, Dr. Carlos, eu já estou meio passada, tenho netos que eu cuido, não dá pra cortar minha vida assim como o senhor quer... mas eu gosto muito de você e... bem... se o senhor quiser, um dia por semana, eu passo com o senhor o tempo que o senhor quiser, faço o que o senhor quiser, por quatrocentos reais por mês”.
Eu aceitei.
17abr07
Gostei PV.... ainda mais da forma sutil que ela inverteu os papéis... rs
ResponderExcluirBeijos...
Eu aceitei. Darlene deu um sorriso aliviado, satisfeita por garantir as quatrocentas pratas do mês.Iniciamos o nosso contrato de trabalho ali mesmo, na mesinha em que ela depositara a bolsa bege. Não sei quanto tempo durou. Sei apenas desde que Darlene bateu a porta ao sair meu pau nunca mais subiu. A puta levou a chave da libido com ela. Cazzo.
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