sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Chave da Minha Libido

Um dia não agüentei mais. Liguei pra Darlene e disse que precisava encontrar com ela urgente.

Na época eu tinha um sala-dois quartos vago num condomínio na Barra, vista pro mar. Foi lá que marquei nosso encontro.

Darlene chegou às onze. Deu uma espiada rápida na sala e ficou aguardando de pé, a bolsa barata bege pendurada no braço esquerdo.

Houve um tempo em que eu aguardava a faxineira nu. Em poucos minutos estávamos trepando. Não hoje. Mandei que deixasse a bolsa num canto e descesse comigo.

Fomos até a praia, passeando pelo condomínio. Eu queria encher os olhos dela.

Num quiosque tomamos uma água de coco e depois voltamos ao apartamento.

Na sala, uma mesinha que eu havia deixado de sobra e um par de cadeiras. Pedi que sentasse. Em seguida dei-lhe umas duas folhas de papel em branco, uma caneta e pedi que fosse escrevendo o que eu ditava.

- Aquele apartamento mobiliado e equipado para morar de graça.

- Despesas de supermercado a combinar.

- Luz, gás, telefone, condomínio e IPTU por minha conta.

- Plano de saúde.

- Atendimento dentário e médico [ela precisava dar uma enchida naqueles peitos].

- Academia de ginástica.

- Vestuário a combinar.

- Transporte a combinar.

E um fixo por mês, livre, da ordem de umas quinhentas pratas.

Em troca Darlene seria minha escrava. Eu queria recuperar a chave da minha libido e precisava dela à minha disposição. Ficaria de joelhos na minha frente, me daria o cu, cortaria minhas unhas, me daria banho, arranjaria mulher pra mim, chuparia meu pau à hora que eu quisesse e engoliria a porra toda. O que fosse. Acho que até embolei no meio a caçula da Darlene – um fim-de-semana com ela ou algo assim.

Mais uma condição: homem lá dentro, só eu. Darlene podia foder quem quisesse, desde que me atendesse quando eu mandasse. Mas outro homem só lá na puta que o pariu onde ela morava antes. Aqui não.

Se esteve surpresa no início, ao chegar ao fim da lista Darlene estava calma. Quando terminei, dobrou a folha de papel e pediu um tempo. Claro, Darlene, eu disse, mas me procura ainda essa semana.

Quando estava saindo, dei-lhe uma nota de cinqüenta e um tapa na bunda. Darlene voltou-se para fazer jus à gorjeta. Mas eu a parei e me despedi ali mesmo.

Dois dias depois a recepcionista me avisou “está aqui a senhora Darlene”. Mandei-a subir.

Ao chegar, Darlene beijou-me as mãos como fazia quando estava agradecida e eu pedi que se sentasse, na mesma mesinha, à minha frente. “E então?”, perguntei. Darlene segurou a bolsa bege com as duas mãos no colo e me respondeu “sabe, Dr. Carlos, eu já estou meio passada, tenho netos que eu cuido, não dá pra cortar minha vida assim como o senhor quer... mas eu gosto muito de você e... bem... se o senhor quiser, um dia por semana, eu passo com o senhor o tempo que o senhor quiser, faço o que o senhor quiser, por quatrocentos reais por mês”.

Eu aceitei.

17abr07

2 comentários:

  1. Gostei PV.... ainda mais da forma sutil que ela inverteu os papéis... rs

    Beijos...

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  2. Eu aceitei. Darlene deu um sorriso aliviado, satisfeita por garantir as quatrocentas pratas do mês.Iniciamos o nosso contrato de trabalho ali mesmo, na mesinha em que ela depositara a bolsa bege. Não sei quanto tempo durou. Sei apenas desde que Darlene bateu a porta ao sair meu pau nunca mais subiu. A puta levou a chave da libido com ela. Cazzo.

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