quem dera minha prima deza estivesse aqui no rio. tenho pensado nela. e quem dera estivesse aqui. no mínimo prá cantar comigo... êi, cazzo... , o show é sexta e eu nunca vi essa cantora antes. diz o baixista que arranjou o gig que ela é legal... sei lá... canários são canários, são canários... a menos que tenham uns 50 prá cima... aí são maduras... e compensam a falta de entonação com a expressão... a merda é que cismam de cantar rien de rien ou a porra do je ne regrete pas.
lá vou eu ter que me segurar, agüentar reclamação... êi, batera, dá pra tocar mais baixo?... êi, batera, dá pra tocar de vassourinha?... êi, batera, dá pra não tocar essa?
mas vai valer a pena. o baixista é super. segura qualquer onda comigo – é chão. já o pianista sofre de compulsão harmônica... eu realmente não sei o que esses caras dos cordais vêm de legal em encher o espaço com tanto som. nego parece que não reconhece a beleza duma pausa.
e vai ser num bar da zona sul. idade média: 50. poutz. neguin & neguinha vai respeitar. se a cantora for gostosinha, vão alimentar o ego.
vou beber água. água e água. não sei se levo aquele defumador de rosa vermelha. a final, é dia de oxalá... e rosa vermelha é de exu... queria que o ogan fosse... prá me dizer que cheiro é de quem. e o pregador também. mas aí ia ter o risco de sair porrada.... será que vai alguma dona boa?
meu pianista e filósofo querido me dizia sempre: baterista não pega dona nenhuma. enquanto ele desmonta aquele trem, eu já apanhei quem valia a pena.
é isso mesmo. eu devia ser gaitista. além da portabilidade (hah!), ainda podia meter a gaita no bolso e fingir que tinha um pau destamanho... hah
mas isso é que é vida. sexta, dia de jogo, e a gente lá... tocando... sorrindo...
no fim, vai ser legal... e de repente dá público... e de repente chamam a gente de novo... e aí a gente vira fixo... e eu posso deixar a bateria guardada no local... e apanhar donas tb.
[10jun10]
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